segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Nem todo cisto ou mioma precisa de cirurgia


Cistos e miomas são palavras cada vez mais comuns no repertório feminino. Até as adolescentes já estão familiarizadas com os termos e nem se espantam quando ouve do médico um diagnóstico que aponta a presença desses carocinhos.

Mas, ao contrário do que muita gente pensa, um mioma não é um cisto que cresceu. Trata-se de duas estruturas diferentes, desde a composição até o lugar onde podem surgir, explica o mastologista Edison Mantovani Barbosa, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Enquanto o cisto aparece no ovário, o mioma surge no útero. E, acalme-se, nem todos eles precisam ser removidos com uma cirurgia. No caso do cisto, estamos falando de uma bolinha recheada de líquido e, em alguns casos, sangue , diz o médico. Ele surge devido à variação entre as taxas de dois hormônios produzidos no ovário: o estrógeno e a progesterona. Essa mesma oscilação pode determinar o fim ou o crescimento do cisto daí a exigência de acompanhamento do ginecologista depois do diagnóstico.


De acordo com o doutor Edison, só os cistos com mais de 5cm de diâmetro precisam ser removidos. A partir deste tamanho, são grandes os riscos de rompimento da membrana. Isso causaria muita dor, além de uma hemorragia naquelas situações em que houvesse sangue no interior do nódulo, afirma.

Já os miomas surgem em decorrência de um crescimento celular desregulado. Eles existem em três formas: para fora, na parede e para dentro do útero. Os dois últimos podem causar uma menstruação mais abundante, além de sangramento entre um ciclo e outro, diz Edison Mantovani.


A retirada dos miomas ocorre quando a perda de sangue está provocando anemia na mulher ou quando o crescimento dele dificulta a gravidez o que é mais raro, já que o problema tende a afetar mulheres em fase de
pré-menopausa, segundo o médico. O mioma também pode comprimir a bexiga, dificultando o armazenamento da urina e causando desconforto. À exceção dos casos em que a retirada do mioma implica também na do útero, a cirurgia e bem simples, diz o especialista. Depois da operação, não costumam surgir novos miomas.

Nódulos nas mamas
Você já deve ter ouvido alguma amiga se queixar de cistos na mama. Ela realmente poderia ter algum nódulo nesta região, mas nunca um cisto. Nesta região do corpo, podem aparecer fibroadenomas: eles são formados por uma estrutura fibrosa e tecido epitelial, explica o médico.

O problema não causa dor e é mais comum em adolescentes, surgindo por causa das variações hormonais. Em geral, esses nódulos não crescem mais de 1,5 cm e dispensam cirurgias de extração. O diagnóstico de um fibroadenoma é feito por punção com agulha, afirma o ginecologista Edison Mantovani. Caso haja o crescimento desses nódulos, precisamos realiza rum acompanhamento rigoroso. A preocupação existe para evitar o desenvolvimento de
câncer nas mamas.
Fonte: Minha Vida

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sangramento Excessivo quais as causas



A maioria das mulheres já experimentou ou irá experimentar um episódio de sangramento excessivo durante a menstruação. Estes episódios são chamados pelos médicos de Menorragia ou Hipermenorréia.


O ciclo menstrual não é exatamente o mesmo em todas as mulheres. O fluxo menstrual costuma descer a cada 21-35 dias, dura cerca de 5 dias e produz uma perda total de sangue de 30-40 mL (cerca de 2-3 colheres de sopa). As regras podem ser regulares ou irregulares, leves ou intensas, dolorosas ou indolores, curtas ou prolongadas, e ainda assim serem consideradas normais.
O termo menorragia se refere à perda de mais de 80 mL de sangue durante todo o ciclo menstrual.

Quais os sintomas da Menorragia?
Os principais sinais e sintomas da menorragia incluem:

  • Fluxo menstrual suficiente para ensopar completamente um ou mais absorventes íntimos a cada hora por várias horas consecutivas.
  • Necessidade de utilizar absorventes duplos para controlar o fluxo menstrual.
  • Necessidade de trocar o absorvente durante a noite.
  • Fluxo menstrual com duração superior a 7 dias.
  • Presença de grandes coágulos de sangue no fluxo.
  • Fluxo menstrual intenso o suficiente para interferir com as atividades do dia a dia.
  • Dor constante na parte inferior do abdome durante a menstruação.
  • Sensação de cansaço, fadiga ou falta de fôlego (sintomas de anemia).

Quais as causas?
Em algumas mulheres, não é possível determinar a causa da menorragia. Entretanto, o problema pode ser causado por vários distúrbios diferentes, tais como:

  • Desequilíbrios hormonais (incluindo doenças da tireóide).
  • Miomas uterinos (tumores benignos que aparecem durante os anos férteis; podem atingir grandes volumes).
  • Pólipos uterinos (pequenos tumores benignos que aparecem durante os anos férteis; estão associados a altos níveis hormonais).
  • Disfunção ovariana (a falta de ovulação pode causa desequilíbrio hormonal, resultando em menorragia).
  • Adenomiose (mais comum em mulheres de meia idade que tiveram vários filhos).
  • Uso de Dispositivo Intra-Uterino (DIU).
  • Gravidez complicada (um sangramento intenso e isolado pode estar relacionado a um episódio de abordo espontâneo).
  • Câncer (raro).
  • Medicações (incluindo antiinflamatórios e anticoagulantes).
  • Outras causas: vários outros distúrbios podem causar menorragia, incluindo doença inflamatória pélvica, doenças da tireóide, endometriose, e problemas nos rins ou no fígado.
  •  

Quais os fatores de risco?
Qualquer mulher em idade fértil pode experimentar um episódio de menstruação excessiva. Mulheres jovens que ainda não estão ovulando regularmente possuem um risco especialmente maior para menorragia nos 12-18 meses após a primeira menstruação (menarca).


Mulheres mais velhas, que estão se aproximando da menopausa, também podem passar por períodos desequilíbrio hormonal com menorragia.

Quando procurar auxílio médico?
Todas as mulheres com menstruação excessiva devem realizar uma avaliação médica para avaliar a causa e a gravidade do sangramento.

Quais exames devem ser feitos?
Após realizar um exame clínico minucioso, seu médico poderá solicitar alguns testes, tais como exames de sangue, preventivo ginecológico, biópsia do endométrio e ultra-sonografia. Dependendo dos resultados destes exames ou da necessidade de excluir possíveis diagnósticos diferenciais, outros procedimentos poderão ser indicados (p.ex.: histeroscopia, dilatação, curetagem, etc).

Como a menorragia é tratada?
O tratamento específico da menorragia depende de vários fatores, incluindo o estado geral de saúde, a causa e a gravidade do problema, a tolerância a certos medicamentos e terapias, os efeitos do distúrbio sobre o estilo de vida e as preferências da própria pessoa que será tratada.


O tratamento medicamentoso da menorragia pode incluir o emprego de suplementos de ferro (para tratar a anemia), antiinflamatórios não-esteróides (ajudam a reduzir a perda sangüínea e as cólicas durante as menstruações), pílulas anticoncepcionais (regulam a ovulação e reduzem os episódios de menorragia) e progesterona (corrige o desequilíbrio hormonal e reduz a menorragia).


Se a menorragia estiver relacionada ao uso de suplementos hormonais, pode ser necessário modificar ou interromper o tratamento.
Nos casos em que o tratamento medicamentoso não surte efeito, podem-se indicar intervenções cirúrgicas, tais como dilatação e curetagem, histeroscopia, ablação endometrial por energia ultra-sônica ou até mesmo histerectomia (retirada cirúrgica de todo o útero). A histerectomia é um procedimento permanente que elimina a menstruação porém causa infertilidade.


Fonte: Mantecorp

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quimioembolização do figado ou embolização do câncer do figado



Câncer do figado
Muito gente não sabe, mas a técnica de embolização realizada nos moimas uterinos também vem sendo usada no tratamento de câncer do figado. A técnica ainda é muito pouco divulgada mas os resultados tem conseguido prolongar a vida de muitos pacientes com tumores no figado.

Os tumores de fígado têm como etiologias principais a cirrose causada por álcool ou a contaminação por Vírus B e C.


Quioembolização do Câncer de Fígado



O que é quimioembolização do figado?

Consiste no bloqueio da circulação que irriga o tumor associado a injeção de drogas quimioterápicas diretamente nas artérias que o nutrem.


Qual o objetivo da quimioembolização do figado?

Diminuindo-se o fluxo de oxigênio e nutrientes para o tumor, ocorre a sua necrose. A injeção de drogas quimioterápicas diretamente nos vasos que irrigam o tumor, aumentam as suas concentrações locais com menos efeitos colaterais sistêmicos. Maior tempo de ação dessas drogas localmente. Maior penetração das drogas no tumor.


Quando está indicado a quimioembolização?
  • Nos pacientes com tumores pequenos que estão aguardando o transplante.
  • Nos pacientes com tumores pequenos que tem indicação cirúrgica de ressecção, como pré-operatório.
  • Nos pacientes com tumores únicos maiores que 5 cm ou mais de 3 nódulos maiores que 3 cm.


Em tumores extensos que ocupem menos de 50% do volume do fígado.

Quais são as principais contra-indicações?

  • A presença de trombose de veia porta (responsável pela irrigação de 70% do fígado).
  • Essa trombose é diagnosticada pelo ultrassom com doppler, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou arteriografia (cateterismo).
  • Presença de insuficiência hepática grave.
  • Presença de insuficiência renal.



Como é realizado este procedimento?

Este procedimento é realizado com anestesia local na região inguinal (virilha) associado a uma sedação leve em uma sala de hemodinâmica (cateterismo), acompanhado por um anestesista e monitorização contínua.

É realizado um pequeno corte de aproximadamente 3 mm na virilha seguido de punção da artéria femoral comum, com passagem de um introdutor (dispositivo colocado na artéria, através do qual são passados os catéteres).


Quais são as drogas mais utilizadas?

As drogas mais utilizadas são a Doxorrubicina, a Mitomicina e a Cisplatina ( sendo mais freqüente a utilização associada de Doxorrubicina e Mitomicina), misturadas com Lipiodol ( óleo etiodado que fica retido nos vasos que irrigam o tumor por semanas). Após as drogas, são injetadas pequenas partículas que existem no mercado de diversas formas, tamanho e material, podendo ser escolhidas conforme cada caso.



Quais são os efeitos colaterais?

Os principais efeitos colaterais são dor no lado direito do abdome (que é mais intensa nas primeiras 24 – 48 horas, podendo persistir em menor intensidade por aproximadamente 10 dias, controlada com analgésicos); discreta febre ( que dura aproximadamente 24-72 horas); náuseas e vômitos ( nas primeiras 24-48 horas) e perda de apetite ( nos primeiros 10 dias).


Qual é o tempo de internação?
Na grande maioria das vezes, a internação é de 24 horas.


Quais são as complicações que eu posso ter?

A complicação mais freqüente é a formação de hematoma no local de punção que desaparece normalmente, em 2 -3 semanas; pode ocorrer gastrite em consequência a injeção das drogas; insuficiência renal devido ao uso de contraste e da Cisplatina e descompensação cardíaca com uso de Doxurrubicina em pacientes cardiopatas.


Existe ainda o risco de infecção no local onde ocorre a necrose do tumor (abscesso), que na maioria das vezes é tratado com antibióticos, podendo haver necessidade de drenagem.
A complicação mais grave esperada é de necrose hepática (1%), ou seja, ocorre falta total ou parcial de fluxo sanguíneo no tumor e no fígado sem tumor, causando insuficiência hepática e óbito.



As drogas e as dosagens são escolhidas conforme cada caso.
O índice de complicações, em geral, é de aproximadamente 2%.



Quais são os resultados esperados?

O que esperamos é o controle da progressão do tumor ou a sua regressão parcial ou completa. Dessa forma o paciente pode aguardar o transplante, diminuir o tumor para a cirurgia de ressecção, ou quando não tem indicação de nenhum dois procedimentos anteriores, aumentar a sobrevida em 2-3 vezes em comparação com o tratamento clínico (medicamentos paliativos para sintomas).


Fonte: Dr. Henrique Elkis: http://www.henriqueelkis.com.br/quimioembolizacao-hepatica.asp 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Infecção por HPV no colo do útero

 


Quais são os sintomas do câncer do colo do útero?

Não apresenta sintomas até atingir nível mais avançado, a partir daí existe corrimento avermelhado com consistência aquosa e sangramento durante relação sexual.
 

Qual é a relação entre HPV e câncer do colo do útero?

O HPV é o responsável pelo câncer do colo do útero, podemos dizer que praticamente 100% dos cânceres do colo do útero contêm HPV .
 


Então se tenho HPV necessariamente irei desenvolver câncer do colo do útero?Isto não é verdade, a maioria da população sexualmente ativa (cerca de 75%) entra em contato com o
HPV e elimina espontaneamente o vírus do organismo sem mesmo desenvolver qualquer doença. Outros terão uma infecção transitória com duração média de 12 a 18 meses e menos de 1% corre o risco de ter câncer do colo do útero.


Além do HPV , são necessários outros co-fatores para, por exemplo, predisposição genética, fumo, alimentação inadequada e estresse. A infecção pelo HPV não se transforma em câncer do colo do útero de um dia para outro, por isso não existe motivo para desespero e angústia. 

Quando o HPV causa lesão no colo do útero, esta lesão passa por três etapas antes de se transformar em câncer. Os médicos costumam chamar estas etapas de neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) grau 1, 2 e 3. O tratamento nestas etapas cura completamente a doença e impede a progressão para câncer, além de não interferir na capacidade de ter filhos da mulher.


Quais são os sintomas da infecção pelo HPV ou da NIC (neoplasia intra-epitelial cervical)?A infecção pelo HPV ou NIC geralmente não apresenta sintomas, algumas pessoas desenvolvem verrugas genitais e outras lesões na vulva, vagina, colo do útero e ânus que se não tratadas podem evoluir para câncer do colo do útero. Estas lesões são diagnosticadas pelo Papanicolaou e através de exames chamados colposcopia, vulvoscopia e anuscopia. 

Se as verrugas genitais não forem tratadas, podem evoluir para câncer do colo do útero?

O papilomavírus humano (
HPV) pertence a uma ampla família de vírus e mais de 45 tipos diferentes podem infectar a pele dos órgãos genitais. Quase todos os tipos foram muito bem estudados e hoje se sabe que o grupo de HPV que causa lesão pré-cancerígena ou cancerígena (chamado grupo de alto risco oncogênico) não é o mesmo que geralmente causa as verrugas genitais (chamado de grupo de baixo risco oncogênico). Em 90-95% dos casos, as verrugas genitais são causadas por HPV do grupo de baixo risco. Entretanto, não se deve postergar o tratamento das verrugas genitais, não apenas pelo aspecto estético desagradável , mas também pelo risco de crescimento em extensão e tamanho das lesões e alta contagiosidade (transmissão para parceiros).


Como posso prevenir o câncer do colo do útero?

Realizando Papanicolau e colposcopia regularmente. O Papanicolaou detecta a presença de lesões em até 80% das vezes que ela está presente. Se houver associação do Papanicolaou com a colposcopia a detecção da lesão ocorrerá em praticamente 100% das vezes.


O que é Papanicolaou?

Também chamado pelos médicos de esfregaço cérvico-vaginal. O colo do útero é raspado com uma espátula e o material coletado (células) é colocado em uma lâmina de vidro. Este material recebe uma preparação especial e é lido por um médico citologista.

O laudo citológico pode ser fornecido utilizando várias nomenclaturas, veja o significado:
ClassificaçãoInterpretaçãoOrientação
PapanicolaouSistema de Bethesda
Classe INegativo para células neoplásicas ou negativas para malignidadeNORMALRepetir exame em 1 ano ou conforme orientação de seu médico
Classe IIInflamatórioNORMAL, pode ter sido colhido na 2a fase do ciclo ou pode existir alguma inflamação tipo corrimentoRepetir exame em 1 ano ou conforme orientação de seu médico e tratar inflamação se necessário.
Atipia celular escamosaASCUSLeve suspeita de alteraçãoNecessário realizar colposcopia e se necessário biópsia dirigida. O tratamento será definido conforme o resultado da biópsia.
Atipia celular glandularAGUS - células glandulares atípicasSuspeita de alteraçãoNecessário realizar colposcopia e se necessário biópsia dirigida. O tratamento será definido conforme o resultado da biópsia. Se a mulher não menstruar mais, é necessário investigação do revestimento de dentro do útero (endométrio).
Classe IIILSIL - lesão intra-epitelial de baixo grauALTERADONecessário realizar colposcopia e se necessário biópsia dirigida. O tratamento será definido conforme o resultado da biópsia.
Classe IIIHSIL - lesão intra-epitelial de alto grauALTERADONecessário realizar colposcopia e se necessário biópsia dirigida. O tratamento será definido conforme o resultado da biópsia.
Classe IVHSIL - lesão de alto grauALTERADONecessário realizar colposcopia e se necessário biópsia dirigida. O tratamento será definido conforme o resultado da biópsia.
Classe VSuspeita de câncerALTERADONecessário realizar colposcopia e se necessário biópsia dirigida. O tratamento será definido conforme o resultado da biópsia.

O que é Colposcopia?
É um aparelho de aumento que permite identificar com precisão o local e a extensão da doença. Além de mostrar o local mais adequado para realizar a biópsia, permite guiar o tratamento através de cirurgia.


Qual é o melhor exame o Papanicolaou ou a Colposcopia?

Os dois exames são complementares, eles não competem entre si. O Papanicolau é um método de rastreamento, identifica a alteração, porém não diz onde ela está (em outras palavras, é como o telefone fixo que toca, mas não consegue identificar a chamada). A colposcopia é mais precisa, ela localiza a lesão (é como se fosse um bina de telefone, identificando o local da chamada).


O que são métodos de biologia molecular (captura híbrida, hibridização molecular)?

São métodos que pesquisam se existe material genético do HPV dentro das células do 
organismo humano. A positividade destes testes quer dizer que o organismo entrou em contato com o HPV , mas não consegue predizer quem irá desenvolver lesões. A captura híbrida é o teste mais utilizado na prática clínica e permite identificar dois grupos de vírus (de baixo e alto risco oncogênico) e a carga viral.


Existe tratamento para quem tem infecção pelo HPV, mas não tem lesões identificadas no Papanicolaou e na Colposcopia?

O médico apenas trata a doença causada pelo HPV como verrugas genitais e lesões na
vagina e colo do útero. A infecção pelo HPV diagnosticada por métodos de biologia molecular e sem lesões no Papanicolaou e Colposcopia, não precisa ser tratada e se chama infecção latente pelo HPV (em outras palavras poderíamos chamar que o vírus "adormece" dentro da célula não existindo replicação viral). Quem combate verdadeiramente o vírus é o sistema imune do indivíduo infectado. Em condições habituais, o HPV demora em média cerca de 10 meses (de 8 meses a 24 meses) para ser eliminado do organismo. Na infecção latente, não existe risco de passar o vírus para outras pessoas.


Mesmo após realizar tratamento das lesões induzidas pelo HPV (verrugas genitais e lesões do colo, vagina e vulva), os testes de biologia molecular continuam positivos?
Mesmo após a "cura" das lesões que o médico tratou, os testes de biologia molecular (hibridização molecular e captura híbrida) ainda ficarão positivos até o organismo eliminar totalmente o vírus, o que demora de 8 a 24 meses. Por isso não adianta ficar ansiosa e realizar exames muito frequentes, recomendam-se exames semestrais/anuais para controle após cura da doença clínica (verrugas genitais e lesões na vagina e colo do útero).

Quem tem infecção pelo HPV pode engravidar?
A infecção genital por HPV por si só não contra-indica uma gravidez, se existirem lesões induzidas pelo HPV (tanto verrugas genitais como lesões em vagina e colo) o ideal é tratar primeiro e depois engravidar. Se ocorrer a gravidez na presença destas lesões não existe maiores problemas, porém as verrugas podem se tornar maiores em tamanho e quantidade devido ao estímulo hormonal característico da gestação e existir maiores dificuldades no tratamento.




Existe a possibilidade do HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido e causar verrugas na laringe do recém-nascido e/ou verrugas na genitália. O risco parece ser maior nos casos de lesões como as verrugas genitais, mesmo nestes casos o risco de ocorrer este tipo de transmissão é baixo.


Quem tem infecção pelo HPV, verrugas genitais ou NIC, pode amamentar?
Para que ocorra a transmissão do
HPV são necessários o contato pele-a-pele e algum tipo de ferida para que o vírus penetre na pele (a situação ideal é a relação sexual, além do contato pele-a-pele, existe a fricção do pênis na vagina que acaba fazendo microtraumatismos - imperceptíveis a olho nu - que permitem a entrada do vírus na pele). Assim, se os seios da mãe não tem nenhuma lesão por HPV não existe nenhum risco de transmissão do HPV durante o aleitamento materno.


Quem tem neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) poderá preservar o útero e ter filhos no futuro? 
Hoje, existe uma técnica cirúrgica, chamada de cirurgia de alta frequência, que é realizada com ajuda do colposcópio e retira apenas a lesão, preservando o tecido do útero sadio. Assim, a capacidade de engravidar não fica comprometida.


Qual é o melhor tratamento pra neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) grau 1?
Tudo dependerá do tamanho da lesão identificada através da colposcopia. Alguns casos necessitarão cauterização, outros apenas controle semestral com citologia e colposcopia, e outra pequena cirurgia local.

Qual é o melhor tratamento pra neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) grau 2 e 3?
Também depende do tamanho da lesão. A grande maioria das mulheres se beneficiará da técnica de cirurgia de alta frequência, onde se preserva o tecido sadio do útero, permitindo futuras gestações.


Existe alguma novidade no tratamento da NIC grau 2 e 3?
Os estudos continuam avançando, existem vacinas sendo testadas em cobaias animais. O tratamento mais moderno é cirurgia de alta frequência guiada pela colposcopia.


O que é ferida do colo do útero?
É um termo leigo, e não quer dizer realmente que existe uma ferida. É uma situação muito comum em mulheres jovens e após o parto, e está associada a picos hormonais. Os médicos chamam esta situação de ectopia. Alguns médicos recomendam cauterizar, outros apenas fazem controles. Se existir corrimento tipo clara de ovo ou corrimento de repetição é aconselhável realizar a cauterização.


O HPV pode causar câncer de boca?
A maioria dos casos de câncer de boca é causada pelo fumo e consumo de bebidas em grandes quantidades. Recentemente, pesquisadores americanos revelaram que alguns casos de câncer de boca podem estar relacionados ao HPV 16, o mesmo tipo que causa
 o câncer do colo do útero, sendo o vírus transmitido através do sexo oral.


Mas, as pessoas não devem entrar em pânico com esta descoberta, pois o câncer na boca é raro e ter realizado sexo oral com parceiro infectado pelo HPV não quer dizer que irá se desenvolver câncer. Para que isto ocorra devem existir vários fatores associados além da infecção pelo HPV , como fumo, consumo de bebidas alcoólicas e predisposição genética.
Fonte: Prevenção do Câncer

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quem tem mioma pode engravidar?


Miomas uterinos são massas benignas de tecido muscular que ocupam e distorcem o útero. Acomete cerca de 25% das mulheres no perí­odo reprodutivo e a maioria deles não requer tratamento.

Os sintomas mais freqüentes são dor abdominal e sangramento genital irregular. Entretanto, algumas pacientes podem evoluir com alteração na função reprodutiva manifestada, como perdas gestacionais de repetição, trabalho de parto prematuro, hemorragia pós-parto, descolamento de placenta e infertilidade.


É estimado que os miomas são responsáveis por infertilidade em apenas 2 a 3% dos casos. É importante avaliar o tamanho e a localização do mioma. O mioma que interfere na fertilidade geralmente é o de localização submucosa (dentro da cavidade).


O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico, ou ainda pode se fazer apenas o acompanhamento com ultrassom.
A retirada dos miomas deve ser avaliada com cuidado, pois o pós-operatório pode provocar complicações como aderências, sinéquias intra-uterinas, histerectomia de urgência por hemorragia importante intra-operatória.

Fonte: Pró Criar

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tudo que você precisa saber sobre os miomas



Esses tumores benignos, também conhecidos como fibromas ou leiomiomas, surgem no útero. Os problemas causados por eles – dores, cólicas, sangramento excessivo, prisão de ventre, perda espontânea de urina, aumento do volume abdominal e ainda dificuldade de engravidar ou de manter uma gestação –alteram a qualidade de vida das mulheres.
A embolização de mioma uterino é o tratamento mais inovador. É um procedimento seguro, que oferece uma recuperação bem mais rápida para as pacientes. Foi descrito pela primeira vez em 1995 por um ginecologista francês e é realizado por especialistas em radiologia intervencionista.


Mioma e a gravidez
A associação entre mioma e a gravidez ocorre em aproxima-damente 0,13% a 7%.

Nessa situação, o mioma pode determinar gravidez ectópica (quando o ovo implanta em outro local que não a cavidade uterina), abortamento, parto prematuro, sangramento e dificuldades durante o parto.

Além disso, eles podem aumentar significativamente de tamanho durante a gestação, devido aos altos níveis hormonais.

Cada caso deve ser analisado individualmente, para determinação da necessidade de tratamento.


Como é feita a embolização do mioma uterino?
  Como o mioma é "alimentado" por sangue, o corte desse suprimento leva à morte dos tumores. A técnica da embolização uterina é minimamente invasiva, realizada sob anestesia local e não precisa de pontos, pois não são feitos cortes.

  Na região da virilha, onde passa a artéria femoral, o radiologista intervencionista faz um pequeno furo, de no máximo 2 milímetros, por onde é introduzido um cateter. Guiado por um equipamento de radiologia digital com alta definição de imagem, o especialista conduz o cateter até a artéria que leva sangue ao útero.


Pelo cateter são injetadas micro partículas esféricas de uso biológico, que vão obstruir essas artérias e interromper o fluxo sanguíneo que alimenta o mioma. 

Desta forma, o mioma tende a diminuir e os sintomas são eliminados. Após dois ou três ciclos menstruais, a paciente volta a menstruar normalmente. 

Através da embolização o médico elimina facilmente o tumor, sem agredir o paciente e sem deixar grandes cicatrizes que possam comprometer a estética feminina.

A embolização do mioma uterino interfere nas funções normais do útero?
Não. A embolização do mioma facilita a integridade estrutural do útero e sustenta a bexiga, órgãos pélvicos, intestino e ossos. O útero ajuda a separar e a conservar a bexiga na sua posição natural. Já o intestino mantém sua composição própria atrás do útero e passa a ser nutrido por circulações colaterais que conservam sua vitalidade.


A embolização do mioma uterino causa dor?
  Não. A embolização do mioma uterino é um procedimento indolor, pois não há terminais de dor no interior das artérias.


Qual o grau de sucesso da embolização de mioma?

A embolização uterina pode ser realizada com sucesso em quase 100% dos casos. Algumas vezes surgem situações mais desafiadoras, como acontece em mulheres que têm uma cirurgia pélvica prévia ou têm variações anatômicas vasculares ou uma patologia vascular associada. Mas a experiência e o treinamento do especialista em radiologia intervencionista, aliado aos recursos tecnológicos que a medicina moderna oferece, permitem resolver a maioria dos casos.

Pesquisas feitas sobre a embolização de mioma podem ser resumidas da seguinte maneira:
  • 9 em cada 10 mulheres que tinham sangramento intenso voltam a ter menstruações normais;
  • 9 em cada 10 mulheres que tinham dor provocada por miomas relatam desaparecimento dos sintomas;
  • O tamanho do útero e dos miomas regride em até 50% três meses após a embolização uterina e em até 90% um ano após;
  • Os efeitos provocados pela embolização são permanentes, o que raramente torna necessário algum procedimento terapêutico adicional.
  •  
Como é a recuperação das pacientes que fazem a embolização de mioma uterino? É muito rápida. O período de internação é de apenas 24 horas, não há cortes ou cicatrizes, e a paciente pode voltar rapidamente às suas atividades. Após dois ou três ciclos menstruais, a paciente volta a menstruar normalmente.


Qualquer paciente que tenha mioma pode fazer embolização uterina?
Toda mulher que tem mioma uterino e apresenta sintomas desconfortáveis é potencial candidata a fazer a embolização uterina, independente da quantidade, tamanho ou localização do mioma. Como algumas mulheres requerem uma abordagem apropriada, pode-se dividir as pacientes em quatro grupos:


1) pacientes que se encontram próximas da menopausa,
2) pacientes que já foram submetidas à miomectomia e voltaram a apresentar sintomas,
3) pacientes com desejo de manter a fertilidade,
4) pacientes que já entraram na menopausa e usam tratamento de reposição hormonal.


Caso a embolização uterina não produza os resultados desejados, a paciente não poderá realizar outros procedimentos para eliminar o mioma?
  A embolização uterina raramente inviabilizará ou provocará qualquer complicação que possa comprometer a realização do tratamento cirúrgico convencional, caso este seja necessário. É por isso que a embolização uterina deve ser sempre considerada como a ferramenta inicial para tratar o mioma uterino.


A embolização do mioma afeta a fertilidade da mulher?
  Não. Pesquisas científicas mostraram que mulheres que fizeram embolização do mioma uterino para tratamento deste tumor ou outras patologias ginecológicas não somente
engravidaram após o procedimento, mas também tiveram partos normais. 

 A embolização do mioma não provoca um impacto negativo na fertilidade feminina e, portanto, pode-se indicar este tratamento em mulheres que desejam preservar a sua fertilidade.


Quais são os riscos associados à embolização do mioma uterino?
  A embolização uterina é um dos procedimentos mais seguros para o tratamento de mioma, porém, como qualquer procedimento médico oferece alguns riscos à paciente. Algumas mulheres podem sentir dor abdominal, como uma cólica, náuseas e febre.


Todos estes sintomas são controlados com medicação apropriada. Já um pequeno número de mulheres pode desenvolver infecções que, em geral, são de fácil controle com antibióticos. Mas são raros os casos de mulheres que tiveram lesão uterina e precisaram passar por uma histerectomia, e de mulheres que perderam os seus ciclos menstruais, isto é, entraram na menopausa após a embolização uterina.


Quais as vantagens da embolização do mioma uterino com relação à cirurgia?
  • É um procedimento realizado com anestesia local
  • Não deixa cicatriz ou sequela externa
  • Pode ser feito em regime ambulatorial ou, no máximo, necessita de um único dia de internação
  • A recuperação é muito rápida, permitindo que as pacientes retornem às suas atividades habituais apenas três a quatro dias após o procedimento
  • É altamente eficaz para controlar os sintomas provocados pelo mioma
  • Trata todos os sintomas do mioma ao mesmo tempo
  • Os efeitos terapêuticos são permanentes, o que raramente torna necessário um procedimento adicional
  • Preserva o útero e a possibilidade de fertilidade
  • Permite a terapia de reposição hormonal, se necessária
Recomendação: Quando a paciente aceita realizar a embolização uterina, será necessário revisar os estudos laboratoriais e de imagem - que têm uma validade média de 30 dias - e então agendar a embolização

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Doenças Ginecológicas que afetam as mulheres


IRREGULARIDADE MENSTRUAL
Existem múltiplas modalidades que podem surgir (excesso, escassez, descontrole), sendo cada uma provocada por um ou mais fatores causadores (Cisto, Mioma, Endometriose, Pólipo, períodos extremos da fertilidade, Infecções, Inflamações, Câncer, entre outros).
Investigação extensa e detalhada da história clínica associada a exames de sangue, de imagem e Genitoscopia podem elucidar o diagnóstico e traçar o plano terapêutico.

DISMENORRÉIA (T.P.M. e CÓLICA MENSTRUAL)
Antigamente era considerada "aceitável", mas no século XXI não é normal: mesmo que não se consiga encontrar uma causa específica é perfeitamente possível desfrutar igualmente de todos os dias do mês sem qualquer desconforto através de medidas comportamentais ou mesmo de terapias hormonais e/ou não hormonais.

MIOMA
Tumor sólido uterino que se mantem 99,5% ou mais com características benignas, de crescimento lento e progressivo durante o período fértil da mulher (tende a estabilizar-se após a menopausa), possuindo variáveis múltiplas (número, tamanho, localização, entre outras) que definem a existência e tipo de sintomas (dores, hemorragias, infertilidade, entre outros). Pode ser palpável ou visibilizado em exames de imagem.
Tratamento definitivo é cirúrgico, mas existem terapêuticas paliativas clínicas ou minimamente invasivas que podem resolver ou aliviar os sintomas.

ENDOMETRIOSE
Implantação alterada da camada interna do útero em locais anormais.
Sinais e sintomas mais frequentes são semelhantes (e eventualmente concomitantes) àqueles provocados pelo mioma ou pelo cisto de ovário.

Pode ser detectável ou não tanto em exames de imagem quanto no sangue.
Tratamento definitivo é difícil e geralmente a cura só é completa na menopausa.
Existem terapêuticas paliativas que controlam ou suprimem tanto temporariamente quanto parcialmente os sintomas e podem permitir o retorno provisório à fertilidade, que também se torna uma daquelas terapêuticas.

INFERTILIDADE
Após no mínimo um ano de tentativas naturais frequentes e consecutivas de engravidar sem sucesso, existem métodos específicos para diagnosticar as verdadeiras causas (distribuídas com frequências semelhantes dentro do trio mulher-homem-casal) e contornar o problema tanto de maneiras simples e baratas, como através de manobras intermediárias e acessíveis ou até por manipulações avançadas e mais dispendiosas.

CORRIMENTO GENITAL
Muitas vezes a própria secreção natural não é patológica (doente), mas está apenas modificada em decorrência de múltiplos fatores que podem alterar suas características habituais: período menstrual ou estação do ano ou atividade física/sexual.

Dependendo das características clínicas (cor, odor, viscosidade, fluidez, período menstrual, frequência/reincidência, entre outras) já se pode suspeitar com grande chance de acerto pelo menos de qual é o mais importante agente causador. Porém o mais correto é realizar a investigação de toda Flora Genital, inclusive com a finalidade de não prejudicar as próprias defesas naturais femininas durante as possíveis modalidades terapêuticas.
Terapias podem ser apenas comportamentais, ou preventivas, ou através das vias orais e/ou genitais, tanto em doses únicas, quanto periódicas e eventualmente até prolongadas.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cânceres que atingem as mulheres


O câncer é uma das doenças com maior incidência de morte no mundo e apesar da evolução da medicina, a cura em casos avançados parece longe de acontecer. No entanto, hoje existem muitos tratamentos bem sucedidos e que não eram considerados possíveis no passado. Na população feminina, o câncer ocorre mais frequentemente na mama, em seguida no colo do útero, corpo do útero e mais raramente no ovário e vulva.


Desde a primeira menstruação, é recomendável que a mulher crie o hábito de consultar um ginecologista regularmente, cuidando dessa forma da sua saúde. Essa atitude é essencial para prevenir doenças e também faz com que ela aprenda a se conhecer melhor, podendo identificar os primeiros sintomas quando alguma coisa estiver errada. Com o acompanhamento médico, é mais fácil identificar o câncer na fase inicial e não apenas em estágios avançados.


De acordo com o Dr. Fábio A. A. Muniz, especialista em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade São Cristóvão, apesar da maior incidência de câncer na mulher ser o de mama, todos os órgãos do aparelho reprodutor feminino podem desenvolver a doença e cada tem um tratamento específico indicado pelo médico especialista. “As principais características que definem a agressividade de um tumor, em geral, são o tamanho no momento do diagnóstico e a presença de metástases, que são focos a distância do tumor primário”, afirma.


Toda mulher pode desenvolver um câncer do sistema reprodutor ou da mama e algumas características podem sugerir um maior risco, sendo assim a consulta com seu ginecologista é a maneira mais adequada para se informar e definir estratégias de prevenção.

Saiba mais sobre cada tipo de câncer feminino


Câncer de Mama – Mulheres com histórico familiar de câncer de mama (mães e irmãs que foram acometidas antes dos 50 anos) apresentam maior chance de desenvolver a doença. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 35 anos, não ter tido filhos, excesso de peso e a ingestão de álcool (mesmo que em quantidade moderada) também são fatores de risco.
Em relação aos sintomas podem surgir alterações da pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspectos semelhantes à casca da laranja.

Secreção que mancha o soutien, de um lado apenas, também é um sinal de alerta. Quando palpável um nódulo (caroço) no seio, geralmente indolor, deve ser esclarecido sua origem. E estes podem ainda surgir na axila. Muitos casos não apresentam sintomas ou sinais e só aparecem na mamografia. Este é o principal exame para se detectar precocemente o câncer de mama. O tratamento deve ser individualizado para cada caso, podendo ser realizada cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia dependendo do estágio do câncer. É importante salientar que em situações de cirurgias mutiladoras pode se reconstruir a mama com técnicas de cirurgia plástica, permitindo um tratamento menos agressivo.

Câncer de Vulva – Os cânceres de vulva são tumores que se originam nas estruturas externas do trato reprodutor e acometem geralmente mulheres menopausadas. Podem ser visualizados e palpados como nódulos ou úlceras incomuns localizados próximos ou no orifício da vagina. Algumas vezes ocorrem placas descamativas ou alterações da cor.
Normalmente, o prurido é o primeiro sintoma, com seu aparecimento em 60% dos casos de câncer de vulva. O diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia e estudo histopatológico das amostras de tecido da lesão. Em geral, o tratamento é cirúrgico e radioterápico.

Câncer de ovário – Fatores hormonais, ambientais e genéticos estão relacionados com o aparecimento do câncer de ovário, além do histórico familiar. Ter tido câncer de mama, útero ou colorretal ou nunca ter engravidado também aumenta o risco de desenvolver a doença. A presença de cistos no ovário, bastante comum no dia a dia, não deve ser motivo para pânico. Na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarréia ou cansaço constante. Outros sintomas, apesar de menos comuns, também podem surgir, como necessidade freqüente de urinar e sangramento vaginal. Diversas modalidades terapêuticas podem ser oferecidas como tratamento (cirurgia, radioterapia ou quimioterapia).


Câncer de colo de útero (cervical) – A idade média do diagnóstico é de 45 anos, mas a doença tem sido encontrada em mulheres de 20 a 30 anos. A infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento do câncer do colo de útero. Importante salientar que atualmente já existe vacina para este vírus. Os principais fatores de risco estão relacionados ao início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. Deve-se evitar o tabagismo, pois está diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados.

Nas etapas iniciais do câncer de colo de útero (cervical) não há sintomas que começam a aparecer em fases mais avançadas do tumor. A ausência de sintomas faz com que a pessoa não suspeite da doença e retarde a visita ao médico. O exame de papanicolaou ainda é principal para prevenção deste tipo de câncer. Entre os tratamentos mais comuns estão a cirurgia e a radioterapia. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chances de cura.