segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sangramento Excessivo quais as causas



A maioria das mulheres já experimentou ou irá experimentar um episódio de sangramento excessivo durante a menstruação. Estes episódios são chamados pelos médicos de Menorragia ou Hipermenorréia.


O ciclo menstrual não é exatamente o mesmo em todas as mulheres. O fluxo menstrual costuma descer a cada 21-35 dias, dura cerca de 5 dias e produz uma perda total de sangue de 30-40 mL (cerca de 2-3 colheres de sopa). As regras podem ser regulares ou irregulares, leves ou intensas, dolorosas ou indolores, curtas ou prolongadas, e ainda assim serem consideradas normais.
O termo menorragia se refere à perda de mais de 80 mL de sangue durante todo o ciclo menstrual.

Quais os sintomas da Menorragia?
Os principais sinais e sintomas da menorragia incluem:

  • Fluxo menstrual suficiente para ensopar completamente um ou mais absorventes íntimos a cada hora por várias horas consecutivas.
  • Necessidade de utilizar absorventes duplos para controlar o fluxo menstrual.
  • Necessidade de trocar o absorvente durante a noite.
  • Fluxo menstrual com duração superior a 7 dias.
  • Presença de grandes coágulos de sangue no fluxo.
  • Fluxo menstrual intenso o suficiente para interferir com as atividades do dia a dia.
  • Dor constante na parte inferior do abdome durante a menstruação.
  • Sensação de cansaço, fadiga ou falta de fôlego (sintomas de anemia).

Quais as causas?
Em algumas mulheres, não é possível determinar a causa da menorragia. Entretanto, o problema pode ser causado por vários distúrbios diferentes, tais como:

  • Desequilíbrios hormonais (incluindo doenças da tireóide).
  • Miomas uterinos (tumores benignos que aparecem durante os anos férteis; podem atingir grandes volumes).
  • Pólipos uterinos (pequenos tumores benignos que aparecem durante os anos férteis; estão associados a altos níveis hormonais).
  • Disfunção ovariana (a falta de ovulação pode causa desequilíbrio hormonal, resultando em menorragia).
  • Adenomiose (mais comum em mulheres de meia idade que tiveram vários filhos).
  • Uso de Dispositivo Intra-Uterino (DIU).
  • Gravidez complicada (um sangramento intenso e isolado pode estar relacionado a um episódio de abordo espontâneo).
  • Câncer (raro).
  • Medicações (incluindo antiinflamatórios e anticoagulantes).
  • Outras causas: vários outros distúrbios podem causar menorragia, incluindo doença inflamatória pélvica, doenças da tireóide, endometriose, e problemas nos rins ou no fígado.
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Quais os fatores de risco?
Qualquer mulher em idade fértil pode experimentar um episódio de menstruação excessiva. Mulheres jovens que ainda não estão ovulando regularmente possuem um risco especialmente maior para menorragia nos 12-18 meses após a primeira menstruação (menarca).


Mulheres mais velhas, que estão se aproximando da menopausa, também podem passar por períodos desequilíbrio hormonal com menorragia.

Quando procurar auxílio médico?
Todas as mulheres com menstruação excessiva devem realizar uma avaliação médica para avaliar a causa e a gravidade do sangramento.

Quais exames devem ser feitos?
Após realizar um exame clínico minucioso, seu médico poderá solicitar alguns testes, tais como exames de sangue, preventivo ginecológico, biópsia do endométrio e ultra-sonografia. Dependendo dos resultados destes exames ou da necessidade de excluir possíveis diagnósticos diferenciais, outros procedimentos poderão ser indicados (p.ex.: histeroscopia, dilatação, curetagem, etc).

Como a menorragia é tratada?
O tratamento específico da menorragia depende de vários fatores, incluindo o estado geral de saúde, a causa e a gravidade do problema, a tolerância a certos medicamentos e terapias, os efeitos do distúrbio sobre o estilo de vida e as preferências da própria pessoa que será tratada.


O tratamento medicamentoso da menorragia pode incluir o emprego de suplementos de ferro (para tratar a anemia), antiinflamatórios não-esteróides (ajudam a reduzir a perda sangüínea e as cólicas durante as menstruações), pílulas anticoncepcionais (regulam a ovulação e reduzem os episódios de menorragia) e progesterona (corrige o desequilíbrio hormonal e reduz a menorragia).


Se a menorragia estiver relacionada ao uso de suplementos hormonais, pode ser necessário modificar ou interromper o tratamento.
Nos casos em que o tratamento medicamentoso não surte efeito, podem-se indicar intervenções cirúrgicas, tais como dilatação e curetagem, histeroscopia, ablação endometrial por energia ultra-sônica ou até mesmo histerectomia (retirada cirúrgica de todo o útero). A histerectomia é um procedimento permanente que elimina a menstruação porém causa infertilidade.


Fonte: Mantecorp

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